O aumento no preço dos combustíveis em Dourados é uma realidade que afeta diretamente o bolso dos consumidores. A elevação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que entrou em vigor no último sábado (1º), já reflete nos valores cobrados pelos postos na região. O reajuste, decidido pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), elevou o imposto sobre a gasolina de R$ 1,37 para R$ 1,47 por litro e sobre o diesel de R$ 1,06 para R$ 1,12 por litro, causando uma onda de preocupação entre motoristas e consumidores.
Em busca de compreender o impacto dessa mudança, a equipe do Dourados News visitou diversos postos de combustíveis na região central da cidade nesta segunda-feira (3). O objetivo foi verificar como a nova tributação afetou os preços ao consumidor e qual o sentimento generalizado sobre essa situação.
Para contextualizar, durante a semana anterior, entre 26 de janeiro e 1º de fevereiro, dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) apontavam que o preço médio da gasolina em Dourados era de R$ 6,35 por litro. A gasolina aditivada estava cotada a R$ 6,50, enquanto o etanol era comercializado por R$ 4,15. O diesel comum apresentava o preço médio de R$ 6,13, por sua vez, o diesel S10 era vendido a R$ 6,20. Esses valores já eram considerados elevados, mas a nova cobrança do ICMS traz uma nova dinâmica para o mercado.
Com o novo ICMS, os preços começaram a variar de forma significativa. O litro da gasolina comum, por exemplo, passou a ser encontrado entre R$ 6,35 e R$ 6,54, embora algumas promoções especiais tenham sido observadas, chegando a R$ 6,49 em determinados postos. A gasolina aditivada teve variações maiores, sendo encontrada por até R$ 6,79, mas com algumas promoções disponíveis por R$ 6,49. Estes preços, já altos, refletem o constante aumento que os consumidores vêm enfrentando nas bombas de combustível.
Os dados mostram que a situação não se limita apenas à gasolina. O etanol, que na semana passada era vendido a R$ 4,15, agora varia entre R$ 4,25 e R$ 4,34. O diesel comum tem preços que vão de R$ 6,25 a R$ 6,49, enquanto o diesel S10 pode ser encontrado entre R$ 6,25 e R$ 6,59. Esses aumentos significam um ônus financeiro significativo para motoristas e proprietários de veículos.
Motoristas de aplicativos têm se mostrado especialmente preocupados com essa escalada nos preços. Renato, um motorista de aplicativo de 33 anos, comentou que a alta dos preços tem sido constante. “Toda semana tem aumento. Às vezes sobe R$ 0,20 e depois abaixa R$ 0,03, mas agora só tem subido e não abaixou mais. Está cada vez mais difícil rodar”, disse ele, destacando as dificuldades enfrentadas no dia a dia.
Outro motorista, Diego Paulinho Cunha, de 29 anos, compartilhou seus sentimentos de insatisfação: “Está complicado abastecer. A cada cinco dias preciso encher o tanque e o valor só aumenta. O custo ficou muito pesado”, relatou. Esta percepção de descontentamento é compartilhada por muitos, que sentem a pressão do aumento constante dos preços dos combustíveis.
Enquanto a população se adapta a essa nova realidade, fica a expectativa de que as autoridades responsáveis reavaliem as políticas de tributação e busquem alternativas que aliviem o peso sobre os consumidores. A situação atual requer um olhar atento, pois a flutuação nos preços dos combustíveis afeta não apenas o bolso dos motoristas, mas também a economia local de uma forma geral. A manutenção de preços justos é fundamental para garantir a mobilidade e a qualidade de vida de todos os cidadãos.
