Brasil e Singapura assinam acordo para comércio de carne suína

Brasil e Singapura firmam acordo para comércio seguro de carne suína

Na última quarta-feira, 15 de janeiro de 2025, um marco significativo foi alcançado no setor agropecuário brasileiro com a assinatura de um acordo de regionalização entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) do Brasil e as autoridades de Singapura. Este acordo tem como objetivo assegurar o comércio de carne e produtos suínos, especialmente em cenários de eventual surto de Peste Suína Africana (PSA) no Brasil. Essa estratégia demonstra um compromisso sólido com a segurança alimentar e a continuidade das relações comerciais entre os dois países.

Com a implementação imediata desta medida, o comércio entre Brasil e Singapura será mantido, contanto que quaisquer surtos da PSA sejam contidos em áreas específicas e que as rigorosas diretrizes de controle sanitário sejam seguidas. Esta abordagem proativa oferece uma base sólida para fortalecer a segurança no comércio de carne suína, trazendo previsibilidade e proteção tanto para os produtores brasileiros quanto para os importadores de Singapura.

De acordo com Marcelo Mota, diretor do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, esse protocolo é um reconhecimento importante da competência das autoridades veterinárias brasileiras, que garantem a saúde animal em um padrão que é aceito internacionalmente. A capacidade do Brasil de manter a segurança alimentar e de cooperar significativamente com seus parceiros comerciais, como Singapura, são os pilares que sustentam este avanço.

O Brasil, que desde 1988 é livre de Peste Suína Africana, orgulha-se de sua certificação internacional concedida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Essa condição é um grande diferencial que posiciona o Brasil como um dos principais exportadores de carne suína no cenário global. Singapura, por sua vez, é reconhecida como um dos mercados mais exigentes da Ásia, oferecendo uma excelente oportunidade para expandir ainda mais o comércio de carne suína entre as nações.

A Peste Suína Africana é uma doença viral altamente contagiosa que afeta tanto suínos domésticos quanto selvagens. Apesar de não representar risco para a saúde humana, seu impacto econômico pode ser devastador, levando a perdas substanciais para a indústria suína. Assim, a importância desse acordo não pode ser subestimada, pois ele não apenas protege a saúde dos animais, mas também assegura a estabilidade econômica dos produtores brasileiros que dependem dessas exportações.

Com este acordo, a expectativa é que Brasil e Singapura fortaleçam suas relações comerciais e ampliem as oportunidades de negócios, resultando em um aumento significativo nas exportações de carne suína. Essa parceria oferece um modelo que pode servir de referência para outros países, demonstrando que a colaboração e o diálogo entre nações podem criar um ambiente seguro e favorável ao comércio internacional.

Além de promover a segurança sanitária e a continuidade do comércio, o acordo também reflete um compromisso mais amplo com a sustentabilidade e a responsabilidade no setor agroalimentar. Nos últimos anos, com a crescente demanda por produtos de qualidade e seguros, os mercados têm se tornado ainda mais exigentes, fazendo com que as nações se adaptem e busquem novas maneiras de demonstrar sua confiabilidade.

Portanto, à medida que o Brasil continua a trabalhar em parceria com Singapura, observa-se não apenas um fortalecimento contínuo do comércio de carne suína, mas também um modelo de cooperação em saúde animal e segurança alimentar que pode resultar em benefícios econômicos palpáveis para ambos os países. É um momento de otimismo para o agronegócio brasileiro, que se mostra cada vez mais preparado para atender às demandas de um mercado global.

Fonte: Dourados News
plugins premium WordPress