A revitalização do sistema de estacionamento rotativo em Campo Grande promete trazer mais organização e comodidade para motoristas que frequentam a região central da cidade. Com previsões de que os estudos técnicos estejam concluídos ainda no primeiro trimestre deste ano, a expectativa é que a cidade retome, em 2025, a utilização de parquímetros, um serviço que esteve ausente por quase três anos.
Atualmente, a centralidade de Campo Grande apresenta um déficit no que diz respeito ao estacionamento. Antes da interrupção da concessão à empresa FlexPark, a cidade contava com cerca de 2,5 mil vagas rotativas. No entanto, com a nova proposta em análise, esse número pode aumentar significativamente, chegando a impressionantes 6,2 mil vagas, o que poderá facilitar a vida dos condutores em busca de estacionar em pontos movimentados.
Em março, a cidade completará três anos desde que, em 2022, a FlexPark descontinuou seus serviços. Desde então, as autoridades têm trabalhado arduamente em estudos econômicos e técnicos para garantir que o novo sistema de estacionamento seja eficiente e atenda às demandas da população e dos comerciantes locais.
A Agência de Regulação é a responsável pela condução dos estudos financeiros, enquanto a Agetran se encarrega das análises técnicas que vão assegurar a viabilidade da nova operacionalização do contrato. Com a proposta em pauta, as expectativas são altas, e a administração pública já se prepara para encaminhar os estudos à Selc (Secretaria Especial de Licitações e Contratos), onde dará início aos trâmites necessários para a realização do novo processo licitatório.
Vale ressaltar que a volta do parquímetro não vem sem suas mudanças, especialmente em relação aos preços. O custo por hora de estacionamento pode sofrer um aumento significativo, passando de R$ 2,50 para R$ 4,40, o que representa um incremento de 60%. Essa mudança, embora polêmica, visa garantir a sustentabilidade financeira do sistema e garantir melhorias na infraestrutura de estacionamento.
O novo contrato de prestação de serviços previsto pode ter uma duração de até 12 anos, com possibilidade de prorrogação, conforme autorizado pela Câmara Municipal. A inclusão de novas vagas reflete a intenção de proporcionar uma experiência melhor para motoristas e aumentar as opções de estacionamento na área central, que tem enfrentado um crescente apelo comercial e turístico.
Desde o desfecho da concessão anterior, a dificuldade de encontrar vagas tem se tornado uma rotina desafiadora. Motoristas têm relatado frustrações ao tentar estacionar na região central, onde o desrespeito às normas de trânsito tem se alastrado entre alguns condutores. Apesar das placas indicativas, o estacionamento rotativo pago deixou de ser cobrado desde 23 de março de 2022, contribuindo para o aumento das infrações e falta de ordem nas vias.
Os impactos econômicos da falta de gerenciamento no estacionamento rotativo são visíveis, afetando não apenas os motoristas, mas também o comércio local, que lida com a dificuldade de acesso dos clientes. O atraso nos repasses por parte da FlexPark gerou um impasse que se arrasta há anos, trazendo prejuízos significativos ao centro da cidade.
Em meio a esse contexto desafiador, a reintrodução dos parquímetros representa uma oportunidade crucial para restaurar a ordem nas vagas de estacionamento e atender a crescente demanda por uma mobilidade urbana mais eficiente em Campo Grande. À medida que o município avança na atualização dos estudos e na finalização do processo de licitação, a população aguarda ansiosamente por um futuro onde o estacionamento rotativo seja não apenas uma necessidade, mas uma solução prática que contribua para o dinamismo e a vitalidade do comércio na região central da cidade, beneficiando motoristas, comerciantes e a própria cidade como um todo.
