Na noite de quarta-feira, 29 de janeiro, um episódio alarmante ocorreu em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, envolvendo o ex-deputado federal Pedro Pedrossian Filho. A polícia prendeu sua esposa após ela agredi-lo, revelando um padrão preocupante de violência doméstica que se estende há pelo menos dois anos.
O ex-deputado, filho do ex-governador de Mato Grosso do Sul, Pedro Pedrossian, procurou ajuda das autoridades após uma série de incidentes que, segundo o boletim de ocorrência, sempre aconteciam quando sua esposa consumia bebidas alcoólicas. Essa situação aparentemente cíclica e trágica culminou em uma noite de terror em que o ex-parlamentar se viu gritando por socorro enquanto a equipe policial realizava rondas na área.
Enquanto os policiais faziam sua patrulha, os gritos de Pedro Pedrossian Filho chamaram a atenção da equipe. Os agentes rapidamente se dirigiram ao local e, durante a abordagem, a esposa do ex-deputado confirmou que estava agredindo o marido. Este reconhecimento espontâneo foi crucial para a ação policial, que respondeu imediatamente à situação de agressão.
Após a intervenções policiais, tanto Pedro quanto sua esposa foram informados de que precisariam ser levados à Central de Polícia – Cepol, para que os procedimentos legais fossem seguidos. No entanto, durante esse processo, o ex-deputado fez um pedido surpreendente: para que a equipe “fingisse que ele havia fugido”, uma tentativa desesperada de evitar mais confrontos com sua esposa que, em um momento de desespero, começou a gritar com ele.
As circunstâncias complicadas levaram à prisão da mulher sob a acusação de lesão corporal, sendo que esta foi feita sem o uso de algemas, um detalhe que poderia indicar a natureza atenuante do incidente, dada a situação em que ambos se encontravam. Eles foram conduzidos em viaturas separadas para a unidade policial, onde suas respectivas versões dos eventos foram registradas.
O registro policial também revelou que Pedro Pedrossian Filho apresentava marcas visíveis de lesões, como vermelhidão nas costas, arranhões em diversas partes do corpo e escoriações no supercílio esquerdo. Ele ainda relatou dor de cabeça, o que evidenciava a gravidade do confronto e a necessidade de apoio médico.
Pedro Pedrossian Filho já possuía uma carreira política marcada por sua atuação como deputado federal entre 1999 e 2003, além de ter sido suplente na legislatura subsequente, ocupando o cargo em janeiro de 2007. O legado de sua família e sua trajetória política, agora ofuscados por um incidente tão grave, levantam questões importantes sobre a saúde mental e emocional de indivíduos em posições públicas, muitas vezes sob intensa pressão e escrutínio.
Este caso é um lembrete alarmante sobre a prevalência da violência doméstica em todas as esferas sociais. Não importando o status ou a influência, a agressão e a violência são problemas que afetam muitos lares, e o ciclo de abuso pode se perpetuar se não houver intervenções adequadas. A sociedade precisa ter um diálogo mais amplo sobre esses assuntos, visando prevenir novos episódios e oferecendo suporte às vítimas.
A tragédia que aconteceu na casa do ex-deputado serve como um chamado para uma reflexão mais profunda sobre como a sociedade lida com a violência nas relações. Recursos e apoio devem ser disponibilizados para aqueles que estão em situações semelhantes, com a esperança de que episódios como este se tornem cada vez mais raros.
