Dourados cobra SAMU indígena com ambulância parada há um ano

Franklin cobra construção do SAMU Indígena em Dourados com ambulância parada

Na última quinta-feira, 17 de janeiro, o vereador Franklin Schmalz (PT) realizou uma visita crucial ao superintendente estadual do Ministério da Saúde, Ronaldo de Souza Costa. O principal objetivo da reunião foi discutir a implementação do tão esperado Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Indígena em Dourados. Durante o encontro, Franklin obteve informações detalhadas sobre o andamento do projeto e solicitou apoio para sensibilizar a administração municipal, ressaltando a importância do atendimento à população indígena.

Apesar de o governo federal já ter destinado uma ambulância exclusiva para atender à reserva indígena, o equipamento permanece parado há quase um ano em Campo Grande. A ambulância aguarda a construção de uma estrutura adequada, necessária para abrigar a base de operações, além de abrigar a equipe composta por um médico, um enfermeiro e um motorista. Essa inatividade tem gerado preocupação entre os representantes da comunidade indígena, que compartilham as dificuldades enfrentadas para acessar serviços de saúde de emergência.

Na sequência, na sexta-feira, 24 de janeiro, Franklin se reuniu na Câmara Municipal com representantes da comunidade indígena e o coordenador do Samu de Dourados, Messias Villa Mendonça. O foco do encontro foi entender melhor o projeto da base descentralizada do Samu dentro da Reserva Indígena. O projeto visa ampliar significativamente o acesso à saúde de urgência para as populações indígenas, que muitas vezes enfrentam longas esperas pela ajuda médica devido à precariedade das vias de acesso e à distância geográfica.

Segundo as informações discutidas, a contratação da equipe do Samu Indígena será facilitada pela AGSUS (Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde), em parceria com o DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena). Entretanto, a responsabilidade de construir a estrutura física e garantir os insumos necessários recai sobre a Prefeitura de Dourados.

Durante a reunião, Messias Villa Mendonça informou que já foi disponibilizado um terreno na liderança da Aldeia Bororó, local onde a base do Samu Indígena será instalada. Essa base será um marco significativo, pois se tornará a primeira do tipo no Brasil, evidenciando a necessidade de descentralização dos serviços de saúde para aumentar a eficiência do atendimento às comunidades indígenas.

“Esta é uma demanda urgente e essencial para a comunidade indígena, que merece um atendimento digno e rápido. A ambulância já foi enviada pelo Governo Federal, mas sem a infraestrutura necessária, ela permanece sem uso. É fundamental que a Prefeitura assuma sua responsabilidade e avance na construção desse espaço vital,” afirmou Franklin durante a reunião. Ele também se comprometeu a levar a pauta para discussão na Câmara Municipal, buscando agilidade na resolução dessa questão tão crítica.

Participaram do encontro, além de Franklin e Messias, a professora Cris Terena, assessora da deputada estadual Gleice Jane (PT), e outras figuras importantes, incluindo Teodora Souza, Coordenadora da FUNAI-Dourados, e as educadoras indígenas Sandra Medina Rossate e Maria Regina de Souza. As representantes indígenas enfatizaram a relevância do Samu Indígena, destacando que ele será fundamental para salvar vidas em situações críticas, como acidentes e partos de risco, que atualmente podem resultar em longas esperas por atendimento médico.

Franklin reiterou seu compromisso em acompanhar de perto o progresso deste projeto fundamental. Ele ressaltou: “A saúde é um direito de todos. A comunidade indígena não pode esperar mais por esse recurso essencial. Estamos determinados a pressionar para que essa estrutura se concretize rapidamente, garantindo assim o atendimento emergencial que essa população necessita urgentemente.”

Com essa mobilização, espera-se que o Samu Indígena se torne uma realidade em Dourados, promovendo um avanço significativo na saúde pública e um atendimento mais justo e humanizado para todos, especialmente para aqueles que historicamente enfrentam barreiras no acesso à saúde. A implementação desse serviço é um passo importante na busca pela igualdade de direitos e pela dignidade das comunidades indígenas, que merecem cuidados adequados e imediatos em situações de emergência.

Fonte: Dourados News
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