Dia de queda nos preços; confira as cotações da soja no Brasil

Quedas nos preços da soja; veja as cotações atualizadas no Brasil

Na última segunda-feira, 27 de janeiro, o mercado de soja do Brasil enfrentou um cenário desafiador, registrando a completa ausência de negócios. Essa situação se deu em meio a uma contínua queda nos preços, alinhada com a retração observada na Bolsa de Mercadorias de Chicago. O impacto do dólar, na verdade, foi marginal, uma vez que sua relevância no dia não contribuiu para impulsionar as transações. Ademais, o aumento dos custos de frete se tornou um fator limitante na realização de novos negócios, gerando preocupação entre os produtores.

Os preços da soja experimentaram reduções significativas em diversas regiões produtoras do país. Em Passo Fundo (RS), por exemplo, o preço desceu de R$ 137,00 para R$ 135,00. A Região das Missões, também no Rio Grande do Sul, viu seu preço cair de R$ 138,00 para R$ 136,00. No Porto de Rio Grande, o preço se manteve estável em R$ 140,00, mas em Cascavel (PR) houve uma diminuição de R$ 128,00 para R$ 125,00. No Porto de Paranaguá (PR), a soja caiu de R$ 134,00 para R$ 132,50. Já em Rondonópolis (MT), o preço recuou de R$ 116,50 para R$ 115,50, assim como em Dourados (MS), onde passou de R$ 117,50 para R$ 116,00. Em Rio Verde (GO), o valor também caiu, de R$ 119,00 para R$ 118,00.

No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) também teve um dia desfavorável, com os contratos futuros da soja apresentando preços em queda. O mercado foi pressionado por uma recente decisão do governo argentino, que anunciou cortes nas tarifas de exportação na última sexta-feira. Essa medida, somada às previsões de chuvas na Argentina, que deveriam aliviar o estresse hídrico nas áreas produtoras, contribuiu para um clima negativo nos mercados de soja.

De acordo com o boletim agroclimático da Rural Clima, a nova semana começou com expectativa de chuvas nos estados do Sudeste e Centro-Oeste, além de partes da Região Sul do Brasil. Também há possibilidade de precipitações na Bolívia, Argentina e Paraguai. Contudo, Marco Antônio dos Santos, agrometeorologista, alerta que as chuvas na Argentina devem continuar de forma irregular nos próximos dias, o que pode afetar ainda mais a produção.

Enquanto isso, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou que as inspeções de exportação de soja dos EUA totalizaram 729.362 toneladas na semana encerrada em 23 de janeiro, uma queda em relação às 979.290 toneladas da semana anterior. Essa diminuição indica uma possível desaceleração na demanda global, o que se reflete também na postura cautelosa de traders e investidores.

Os contratos de soja com entrega programada para março na CBOT fecharam com uma baixa de 10,75 centavos de dólar, resultando em um preço de US$ 10,45 por bushel. Já a posição para maio teve uma cotação de US$ 10,58 1/2 por bushel, com uma perda de 9,75 centavos, ou 0,91%. Em relação aos subprodutos, a posição de março do farelo de soja encerrou com uma redução de US$ 4,10, levando o preço para US$ 300,80 por tonelada. No mercado do óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 45 centavos de dólar, apresentando uma leve queda de 0,22 centavo.

A situação cambial também merece destaque, visto que o dólar comercial encerrou o dia em queda de 0,08%, sendo negociado a R$ 5,9123 para venda e a R$ 5,9103 para compra. Durante o período, a moeda americana oscilou entre uma mínima de R$ 5,8984 e uma máxima de R$ 5,9559. Essa instabilidade na taxa de câmbio reflete um contexto de incertezas que permeia o mercado financeiro, impactando diretamente os preços e as negociações no setor agrícola.

Com todas essas variáveis em jogo, os produtores brasileiros de soja se veem em um cenário de elevada volatilidade e desafios constantes, sendo fundamental acompanhar as tendências do mercado e as previsões climáticas para a continuidade das atividades agrícolas ao longo da safra.

Fonte: Canal Rural
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